quarta-feira, 13 de maio de 2015

Por que escrevo?

      Não cheguei aos 50 anos, mas estou quase lá. Meus filhos já andam pelas próprias pernas, tenho um marido maravilhoso, após quase 21 anos de casada e sinto que cheguei a uma certa maturidade profissional, após 25 anos de formada. Nossa esfera social também é grande e me envolvo com diversos tipos de projetos. Pratico esporte, viajamos bastante. Temos uma família unida, todos com saúde e temos uma estabilidade financeira. Ainda me sinto jovem, porém sem a ansiedade de conquistas, mas com a tranquilidade da auto-aceitação.
   
       Nossa, fantástico não?! Quem lê pode até achar que estou sendo arrogante ao dizer tudo isso, o que não é verdade. No fundo, é uma reflexão. Quando tinha a idade de meus filhos, imaginava que precisava estudar, batalhar para conquistar tudo aquilo que, hoje, já conquistei. Só que, e agora?! Quais desafios posso ter?

       Sinto que certa experiência e maturidade vão minimizando as incertezas. Tenho a jovialidade, que talvez não me permita praticar o esporte como já pratiquei, mas não me impede de desfrutar de momentos de descontração. A estabilidade tanto no âmbito pessoal, familiar e profissional me trazem uma grande sensação de segurança.
      Esse é o momento que mais me sinto capacitada, mas a inquietude é por pensar que não há muito mais o que conquistar. Talvez sinta que faltam novos desafios.

       Hoje em dia, existe uma tendência gourmet em se fazer "pratos desconstruídos". Seria uma nova forma de apresentar um prato, onde se desconstrói a apresentação tradicional, valorizando cada ingrediente de uma maneira diferente, buscando-se aprimorar sua degustação.
      Sinto-me impelida a me "desconstruir" também, tentando entender a essência do que sou. Talvez seja por isso que escrevo.
     Analisar as palavras a serem usadas para escrever um texto, ajuda a perceber a importância de cada ingrediente de uma experiência vivida. Compor o texto me faz analisar como isso poderá influenciar aquele que lê (a apresentação do prato influencia na apreciação do sabor). Reler o post e teclar o ícone "publicar" traz uma certa emoção como sentem os participantes de concursos tipo "masterchef", quando levam seus pratos para serem avaliados pelos juízes do concurso.

      Ao escrever sinto que compartilho experiências adquiridas. Talvez, elas possam ajudar outros em situações semelhantes. Não sei quantos lêem, não sei quem lê. Escrevo para um leitor imaginário, que quem sabe, seja eu mesma.

   
   
   

2 comentários:

  1. Conheci seu blog hoje e estou gostando. Parabéns!

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    1. Heheheh, obrigada!!!
      Caso queira participar, entre no grupo do facebook : "pais olímpicos"
      https://www.facebook.com/groups/1578330022411417/
      Lá conversamos com um grupo de muitas mães e pais que vivenciam momentos semelhantes!

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