quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A cegonha

                                    
          
          Lá no céu, chegou a vez de um bebê nascer!
Bem... Deus pega esse bebê entre as mãos, olha bem para ele, avalia qual será a sua missão, pensa em suas qualidades e seus defeitos.
Então, olha lá para baixo, na Terra e escolhe a família ideal para que cuide dele e o prepare para seguir seu próprio caminho. E assim, Ele escolhe o lar para onde vai enviar esta criança, mas com uma pegadinha: não envia o manual de instrução!
          Pensando dessa forma é que sinto qual a minha responsabilidade de ser mãe. Eu fui a escolhida para criar esse filho que Deus me enviou. Tive a honra e o privilégio de tê-lo em meu ventre, de tê-lo amamentado, de ver seus primeiros sorrisos e os primeiros choros; e agora, cabe a mim, prepará-lo para seguir seu próprio caminho. Temos inúmeras dúvidas, angústias e inseguranças. Mas, se fui “escolhida”, talvez seja porque Deus sabia exatamente como eu reagiria diante de cada situação, e, talvez fale comigo através de meu próprio instinto materno, aquela voz interna que sussurra especialmente nos momentos de profunda reflexão, quando até a incerteza é a resposta exata para nossas perguntas.
          Sabe aquele bebê que a enfermeira nos mostra todo lambuzado e enroladinho em um lençol de centro cirúrgico? Pois é, ele é nosso perfeito e amado DESCONHECIDO. Quem é ele? Do que ele gosta ou não gosta? O que ele vai ser? Será que vai se casar e ter filhos? Como vou saber que ele está no caminho certo?
Por isso, o que mais peço a Deus é sabedoria!
          Ser mãe sábia é um aprendizado constante. É estar aberta a se doar, a pedir, a sorrir, a chorar, a admitir erros, a reconhecer sua própria importância e principalmente amar tão incondicionalmente, sendo capaz de abrir mão de seu maior tesouro, deixando seu filho voar para bem longe, tornando-se totalmente desnecessária em sua vida. (Mãe desnecessária é aquela que cumpriu tão bem seu papel a ponto de seu filho nem precisar mais dela, por ser capaz de seguir sozinho sua própria jornada).
          A mãe sábia, sabe como amar demais seu filho, deixando-o livre para ser feliz, e é essa felicidade dos filhos que lhe traz a plenitude de sua própria felicidade!

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