segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

A vitória é o combustível do vencedor

      Do livro: Guga, um brasileiro (Ed Sextante, pag 329)

      "...Existe pouca coisa pior para um jogador do que duvidar de sua capacidade. Só os obstinados são campeões. Derrotas podem ser compreensíveis, às vezes inevitáveis, mas jamais aceitáveis. O tenista pode perder algumas vezes de um cara excelente, mas depois tem que ganhar, pois sempre existe um caminho para a vitória e a questão é encontrá-lo. É bobagem essa história de que é na derrota que se aprende a ganhar. Perder uma partida tem, sim, seus ensinamentos e lidar com a frustração é uma lição necessária para todo tenista. Mas, no dia em que um jogador se conforma com resultados desfavoráveis, já era, pode pendurar as chuteiras. O que ensina a ganhar é a soma das experiências, dos treinos, dos desafios, das derrotas e das vitórias, sendo que vencer tende a ensinar mais que perder. A vitória é o combustível do vencedor, seu alimento, o propulsor para triunfar cada vez mais..."

      Essas são as palavras do Guga (meu ídolo!  hehehehh...) em fase de recuperação após a primeira cirurgia no quadril. Nessa época, já tinha sido tricampeão em Roland Garros e reinado como  "tenista número 1 do mundo" por 43 semanas.


      São palavras fortes! Cadê aquela história de "o que vale é competir"?!
      Fiquei me imaginando, como sua mãe. Como será que eu me sentiria, se eu estivesse vendo meu filho, que naquele momento, já tinha alcançado o topo do mundo, (além de tanto dinheiro!)  mas, mesmo assim, insistia em continuar treinando exaustivamente, sofrendo dores terríveis, não alcançando resultados favoráveis, desacreditado por todos, e me dissesse as palavras acima?

      A gente não vive falando que tudo que a gente quer ver é a felicidade dos filhos?
      O que é, então, essa verdadeira felicidade?
   
      Nos dias atuais, a maioria dos pais quer proporcionar o maior conforto, viagens, bens materiais, vida tranquila e, acima de tudo, poupá-los de qualquer sofrimento, acreditando que essa é a definição de "vida feliz". Será que essa é a verdadeira "felicidade"?
      Tem pais que acham que os filhos não precisam estudar tanto, têm mais é que "curtir a vida", como se estudar fosse castigo?!

      Acredito que algumas pessoas já nascem com uma convicção interior muito forte, que sentem que têm um caminho a seguir e pensam como o Guga. Seja qual for a "missão" que impele cada um, eles precisam persistir. Para o Guga, naquele momento, ele precisava tentar: " ...Mas jamais desisti, Insisti por mim, por Larri e para ter a confirmação de que eu tinha mesmo tentado de tudo, sem dar margem a uma fagulha de arrependimento por não ter explorado a fundo absolutamente todas as possibilidades..."( pag 348)

     Muitos dos "filhos globalizados", que passaram por uma seleção extremamente difícil e foram aceitos nessas universidades "top" , é fato que se dedicaram tremendamente aos estudos e às outras atividades (em geral, olimpíadas científicas, cujo preparo é algo como "massacrante"). Acho que muitos deles, dentro de sua própria área, pensam como o Guga.

      Cabe a nós, como pais, prover aquilo que for necessário para que cada filho siga seu caminho, seja dando "empurrões" para estimulá-los ou estendendo a mão para levantá-los. Amor não é só pegar no colo! Agora, algo que me impressionou é como, em todo o livro, o Guga exalta a importância de cada membro da família e de Larri (que foi um segundo pai). Então, bem se vê, que a conquista depende desse pilar de sustentação.

     

   
                                            Master Series Miami - 2008

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