terça-feira, 1 de abril de 2014

Vestibular ou application?

     
      Como conciliar 3º ano do Ensino Médio, vestibular e application?

      Antes de mais nada, é preciso uma auto-análise muito sincera:
      1) qual é o meu sonho mais estratosférico? E qual é o meu sonho realizável?
      2) qual é o meu verdadeiro potencial?
      3) e se eu não alcançar meus sonhos?!

      Apesar de parecer muito óbvio, diante da rotina do terceiro ano do Ensino Médio, o aluno se perde diante de tantas atividades e estudos. Em geral, não fazem um momento de reflexão sobre quais projetos precisará valorizar. É necessário ponderar em uma balança SONHO X REALIDADE, e entender que o grande segredo é estabelecer PRIORIDADES, aprendendo a  dividir o tempo e a dedicação, com sabedoria.

      A meu ver, é importante ajudarmos nossos filhos a se organizarem. Para os jovens, tudo é possível e a "obrigação" deles é sonhar. Se não sonharmos na idade deles, quando poderemos idealizar o futuro?!?
      Porém, precisamos ajudá-los a cair na real. Estabelecer metas para conseguir conciliar todas as atividades. Enfim, ter uma programação.
   
      É muito frequente vermos alunos perdidos em meio a provas, livros, simulados... festas de formatura, viagens, amigos e baladas. Os que pensam em estudar fora, ainda têm que se preocupar com SAT, TOEFL, além de pesquisar para quais universidades aplicar e precisam investir no seu "projeto de vida", sobre o qual falará nos essays.

      Priorizar não significa exclusividade. Se meu foco é estudar fora, vou precisar me dedicar mais ao que as universidades americanas valorizam, porém, jamais esquecendo de que, estudar para o vestibular é uma necessidade. Já ocorreram casos de alunos com um currículo fantástico, que não foram aprovados fora ou não conseguiram uma bolsa suficiente, só que também não passaram no vestibular aqui. Então, aquele aluno fantástico pode acabar muito desmotivado nesse gap year, ano em que precisou "dar um tempo". É extremamente importante pensar em planos B ou C.

      São decisões difíceis, o caminho é deles. Mas, se Deus nos confiou esta missão de criar e educar esse filho, é porque eles precisam de nós! Conversar é mais do que falar, é saber ouvir!!! Ouvir seus sonhos, seus anseios, suas dúvidas, inseguranças e frustrações. No momento certo, agir com autoridade de pais, impondo os limites e expressando opiniões. Não ter vergonha de perguntar e dizer que não sabe, reconhecendo que em muitos aspectos, eles sabem mais que nós.

      Meus 2 filhos optaram por caminhos diferentes. Ele, desde cedo, estava decidido a ir para fora, traçando um caminho que o levou a atingir sua meta.  Ela, até chegou a pensar na possibilidade de estudar fora quando fez um summer camp em Stanford (isso porque qualquer um que tenha a oportunidade de vivenciar uma universidade americana, fica fascinado!) Mas, ao optar por medicina, focou-se inteiramente no vestibular.
      Diga-se de passagem, quem quer fazer medicina, direito ou odontologia, não é recomendável fazer lá fora! Essas carreiras nos Estados Unidos são "pós-graduação". Precisa fazer uma "undergraduation" (graduação) de 4 anos, e aplicar para a "graduation" (mais 4 anos).
       
      Assim, é preciso avaliar os sonhos e o potencial de cada um, individualmente:
1) para alguns alunos é possível pensar em vestibular E/OU application
2) para outros, só vestibular .
3) Em todos os casos, saber que tudo pode NÃO dar certo, e isso não significa FRACASSO.

      Toda a experiência de vida, tudo que estudou, todas as fases pelas quais passou, traduzem-se em maturidade. Só de vivenciar todo esse processo, já é uma grande vitória.
   

   
   
   

 
   

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