segunda-feira, 24 de agosto de 2015

SONHOS



Enquanto tão nossos filhotinhos...
Muitos são os sonhos de nossos filhos,
alguns parecem tão estratosféricos que até ficamos com medo de deixá-los sonhar.
Por vezes, damos gargalhadas e deixamos a imaginação correr!
Puxa, que maravilha seria se fosse um faz-de-conta que acontece...

Eis que chega um dia,
Sim, "the dreams come true"
(os sonhos se tornam realidade)
Os pequenos passos que eles deram se tornaram um caminho muito solidificado
Infinitas possibilidades à frente,
inúmeros feitos concretizados.

Lá se vão eles, cada qual voando seu vôo
Desbravando fronteiras que não mais enxergamos

Aqui ficamos nós, os pais...
relembrando, novamente como em sonho, cada etapa vivida.
Comemorando com grandes rojões dentro de nossos corações
as grandes conquistas que, lá longe, eles realizaram!

Aqui ficamos,
aquecendo o ninho constantemente,
deixando tudo preparado para quando eles voltarem,
sorrindo sem motivo ao preparar uma refeição,
que só nós sabemos como eles gostam,

o coração volta a bater acelerado,
a expectativa do reencontro para saber
se volta muito diferente daquele que partiu!

como é gostoso imaginar o calor daquele abraço apertado!!!!

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Patinar...


Deslizando, leve, quase voando
o vento abraçando seus longos cabelos,
criando uma linda coreografia

na precisão de cada passo,
força e potência muscular
dando o ritmo para a delicadeza dos movimentos
... passos fortes, suavidade nos gestos

quem vê, desconhece
as infinitas tentativas até tudo se automatizar,
a dor da queda, o suor exaustivo e a persistência testada ao limite

Ao fundo, uma música,
por fora uma linda fantasia
Mas no interior uma explosão incrível de sensações...
aquela energia irradiando e contagiando,
arrepiando a platéia de emoção

Não só na pista, mas assim também na vida
sua firmeza e determinação a cada dia,
dedicando-se ao máximo,
mesmo assim, encantando-nos com sua alegria...

muitas expectativas, nem tudo se define como se imaginaria,

tudo recomeça
seu talento e potencial a privilegiam
sua garra e determinação renovam as energias

certeza de que ao final, o brilho da conquista irradiará
e chuva de papel picado a coroará!

domingo, 2 de agosto de 2015

TIPOS DE MÃES



Como médica, tenho contato com mães de todo o tipo. Então, para exemplificar, citarei algumas:
  • coruja: aquela que vê em um rabisco, a “obra de arte” digna de um museu do Louvre
  • pavão: aquela que exibe o tempo todo, todos os feitos de seu filho
  • tudo azul: tudo está ótimo, tudo “faz parte da idade”
  • ansiosa: Será que está tudo bem? Será que é normal? Será que vai ser bom? Será que pode?
  • exigente: Ele precisa aprender, ele precisa fazer, ele precisa agir assim e assado
  • controladora: Não faz isso, não faz aquilo, não pode 
  • passarinho: avoada, só vive nas nuvens
  • fitness: só pensa em recuperar o peso que ganhou na gravidez
  • Hércules: carrega o mundo nas costas
  • sem noção: sem noção
  • obediente: faz tudo que o filho manda
  • empregada: só vive para “servir” o filho
  • chiclete: aquela que gruda, mas é um doce
  • amiguinha: acha que é amiguinha do filho e de seus amigos! Que mico!
  • galinha: cria o filho para deixá-lo sempre debaixo de suas asas
  • egoísta: não faz nada para o filho
  • exclusiva: o filho é tudo na vida dela, não sabe a razão de viver sem o filho
  • possessiva:  Aiaiaiai, coitada da futura nora!!!!
  • insegura: nunca sabe se está fazendo o certo, acha que poderia sempre ter feito diferente
  • arrogante: aquela que acha que tudo que o filho conquistou, foi por mérito dela
  • sábia: aquela que caminha junto com o filho e quando precisa, pega no colo, ou dá as mãos; aquela que puxa de volta aquele que se desviou, e o ajuda a se levantar quando ele cai; aquela que sabe dar bronca e repreender na hora certa, a que conhece os limites de cada filho, valorizando-o dentro de suas próprias limitações. Aquela que orienta o rumo, mas que sabe deixar o filho descobrir seu próprio ritmo, seu próprio jeito de caminhar, e o deixa escolher qual caminho seguir para atingir seu próprio destino final.
Na realidade, todas somos um pouco de todas essas “mães”.

Todas erramos diversas vezes,mas, algo incrível que descobri ao longo destes anos foi:
- mesmo que a gente “erre”, os filhos “sobrevivem”,
ou seja: NÃO PRECISAMOS SER PERFEITAS!

 Assim, mesmo com todas as características diferentes que cada uma de nós temos, tudo fará parte de um aprendizado e os filhos irão seguir seus próprios caminhos. Temos inúmeras dúvidas, angústias, inseguranças. O amor materno é tão inebriante que sempre queremos tê-los por perto. Mas, nossa missão é prepará-los para viverem suas próprias vidas. 
O que mais peço a Deus é sabedoria para educá-los!